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Publicado em 04/09/2014 12:30
Audiência Pública para discutir sobre as alterações submetidas à apreciação pela PLP 366/13
Proposta foi debatida em audiência da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.
Entidades que representam os municípios brasileiros não chegaram a um acordo quanto ao texto do Projeto de Lei Complementar 366/13, do Senado Federal, que proíbe os municípios e o Distrito Federal de conceder benefícios com renúncia do Imposto sobre Serviços (ISS) abaixo da alíquota mínima de 2%, considerando essa conduta ato de improbidade administrativa.
O projeto, que também amplia a lista de serviços tributáveis pelo ISS, foi discutido na noite desta terça-feira (2), durante audiência pública realizada na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados.
Os principais pontos debatidos foram a disputa fiscal entre estados e municípios; zona de incidência do ISS nos novos serviços de tecnologia e informática; e inclusão ou não de uma nova redação ao texto original.
Os participantes ampliaram a discussão após apresentação de relatório do representante do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e atual secretário da Fazenda do estado de Alagoas, Maurício Acioli Toledo.
Para ele, o projeto vai além de discutir a tributação. Acioli, que se posicionou contrário à aprovação da atual redação da proposta, disse que “são necessárias algumas alterações para que o texto do projeto diferencie, de forma clara, o que é produto e serviço”.
“Minha presença aqui é para dirimir dúvidas quanto à incidência do ICMS e ISS, evitando-se uma dupla tributação. Além do mais, é necessária uma discussão conceitual para que não haja dúvidas quanto à incidência do imposto devido”, declarou o secretário.
Zona cinzenta
O relator do projeto, deputado Guilherme Campos (PSD-SP), exemplificou diversos serviços que, atualmente, estão em uma “zona cinzenta” da incidência do ISS, como os serviços de computação em nuvem, armazenamento de dados e utilização de softwares. O parlamentar defendeu que o debate seja ampliado, principalmente, para que todos os setores envolvidos possam se manifestar.
“Minha intenção é de entregar o relatório da comissão no início de outubro. Para isso, precisamos de um consenso e um debate amplo com todos os envolvidos. Fiz questão de convidar representantes das três esferas de governo - União, estados e municípios - para que o texto fosse discutido e, até mesmo, ampliado”, disse o relator.
Guilherme Campos acredita que o projeto possa ser aprovado de forma célere na Casa, defendendo a aprovação do texto como está. Mas, desde que seja possível “cessar os principais pontos de sombreamentos sobre a incidência do ISS, sobretudo, tratando-se de novos serviços surgidos nos últimos anos”.
Aprovação rápida
O secretário municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico da prefeitura de São Paulo e representante da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Marcos Cruz, defendeu a aprovação imediata do projeto, sem qualquer alteração, visto que uma mudança na Câmara "atrasaria a tramitação". "Nós temos que entregar essa futura lei aos municípios de todo o País”, afirmou.
“A lei traz uma justiça de descentralização da tributação. Sua aprovação trará benefícios imediatos aos municípios, eliminando ‘áreas nebulosas’ entre a incidência de ISS e ICMS. Dizer que vai baixar a carga [tributária] é exagero, mas irá solucionar essa questão”, disse Cruz.
Agenda de discussões
Ao final da audiência pública, o deputado Guilherme Campos, após intervenção da Confaz, sugeriu uma agenda de discussões que será iniciada
O projeto de lei complementar, que tramita em regime de prioridade, ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Em seguida, segue para votação em Plenário.
Fonte: Câmara dos Deputados Federais
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014
C.FED - Confaz e frente de prefeitos divergem sobre projeto que altera regras do ISS
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