As
principais redes de farmácia do País lançaram na semana passada uma campanha
contra a alta carga tributária embutida nos remédios. Com o nome "Sem
Imposto, tem remédio", a campanha nacional recolhe no balcão de 6 mil
estabelecimentos farmacêuticos assinaturas para documento que será entregue às
autoridades em Brasília.
Desde o
dia 1º de outubro, data do lançamento da campanha, já foram recolhidas 1 milhão
de assinaturas. No mês que vem, o abaixo-assinado será levado à presidência da
República, ao Congresso Nacional e aos governadores dos 27 estados e do
Distrito Federal.
"Vamos
mostrar a insatisfação da população com a situação atual e reforçar a atuação
da Frente Parlamentar da Câmara dos Deputados pela desoneração de impostos em
medicamentos", afirmaram, em nota divulgada, as entidades responsáveis
pela campanha "Sem imposto, tem remédio" : a Associação Brasileira de
Redes de Farmácias e Drogarias do Brasil (Abrafarma) e a Associação da
Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).
ICMS – Atualmente, as alíquotas que
incidem sobre os remédios são de 34%, sendo que deste total de 17% a 19%
referem-se ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Hoje
em dia, aproximadamente 70% dos medicamentos adquiridos pelos brasileiros são pagos
do próprio bolso.
"Por
ser um mercado regulado pelo governo, se hoje os remédios fossem livres de
tributação, ficariam cerca de 30% mais baratos para o consumidor final",
explicou o presidente da Interfarma, Antônio Britto.
Na
avaliação de Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma, a iniciativa tem
sido bem aceita pela população porque o Brasil é um dos campeões mundiais em
tributação sobre remédios. Por isso, ele enfatiza que há uma incompatibilidade
entre o preço do medicamento e a renda do consumidor. "Infelizmente, não
são raros os casos de pessoas que param o tratamento porque ficam sem condições
de arcar com os custos dos remédios."
Fonte: Diário do Comércio - SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PARA PARTICIPAR DESTE CANAL, CADASTRE-SE COMO MEMBRO!